Sivaldo Pereira do Nascimento(Bolinha)
A Policia Civil, através do delegado Delmar Bittencourt, já concluiu o inquerito policial sobre a tragédia ocorrida na Serra da Carnaíba,no município de Pindobaçu, fato registrado no dia 21 de abril, onde cinco garimpeiros morreram ao despencar de uma altura de aproximadamente 150 metros.
O proprietário do Garimpo, Sivaldo Pereira do Nascimento(Bolinha), e o gerente do local, Gildásio dos Santos(Cabeção), foram indiciados por homicidio culposo, enquadrados no artigo 121, 29 e 69 todos do código penal.
As vitimas identificadas como sendo Edivaldo Araujo Cirqueira, Antonio dos Santos Cardoso, Silvino Benicio de Souza, Arnaldo Conceição de Almeida e Edivaldo Cardoso de Alcãntara, trabalhavam no Garimpo denominado Deus é Amor, de extração de esmeraldas, desciam diariamente através de um elevador até a mina.
Durante a investigação, chamou atenção da policia, os depoimentos de dois funcionários, o operador do guincho, Joventino Carvalho da Silva, e José Gonçalves, o Fio.
Joventino contou que …as cinco vítimas se preparavam para descer, o declarante deu o toque para o cabo de aço subir e centralizar para iniciar a descida, ligando o motor do guincho, que quando puxou o freio, uma porca que segura o parafuso que faz parte do freio de mão soltou, e o cabo de aço começou a descer em alta velocidade, que o declarante tentou a segunda opção tentando parar com a trava que é acionada com os pés, que quando acionou saiu faísca de fogo por conta do atrito, entretanto não teve mais condições de para o cabo de aço…
Ao ser perguntado pelo delegado, se sabia informar as causas do acidente, o guincheiro respondeu… Que acha que se tivesse apenas duas pessoas não haveria o acidente, e quem determina a quantidade de pessoas que vai descer para trabalhar são os reponsáveis pela mina… Joventino também declarou em depoimento… que após o acidente viu BOLINHA determinar a pessoa conhecida como FIO, para colocar a porca no lugar com objetivo de esconder o que tinha acontecido… que quando a perícia chegou a peça com defeito tinha sido colocada no lugar. O guincheiro contou ainda que nunca recebeu nenhum tipo de treinamento, e a manutenção somente era feita quando qualquer uma das peças estivesse impropria para o uso.
O depoimento de José Gonçalves, o Fio, confirma o que declarou o guincheiro. As alegações dos indiciados, BOLINHA e CABEÇÃO, segundo o delegado não foram convincentes, tendo em vista que o equipamento utilizado é nitidamente inapropriado para transportar seres humanos, e que foi constado pela perícia flagrante desrrespeito as normas regulamentadoras NR2- Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração…
O delegado Delmar Araújo Bittencourt, não indiciou o guincheiro, já que não ficou provado que seu compartamento deu causa ao acidente.
O caso agora é com a justiça.
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